Cerca de mil famílias precisariam sair de áreas de risco em Santa Maria, afirma secretário adjunto de Resiliência Climática e Relações Comunitárias

Cerca de mil famílias precisariam sair de áreas de risco em Santa Maria, afirma secretário adjunto de Resiliência Climática e Relações Comunitárias

Foto: Gabriel Haesbaert

Deslizamento de terra no Morro do Chechella vitimou mãe e filha em maio de 2024

Um ano depois das fortes chuvas que resultaram em mais de 180 vidas perdidas e estragos materiais em grande parte do Rio Grande do Sul, as ações para impedir e reduzir o impacto de novos desastres ainda são planejadas pelas autoridades.

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Em entrevista ao programa Bom Dia Cidade (CDN 93.5 FM), o secretário adjunto de Resiliência Climática e Relações Comunitárias da prefeitura, Edson Roberto das Neves Júnior, afirmou que, desde sua chegada ao cargo, em fevereiro deste ano, o município tem estudado atualizações ao plano de contingência. Conforme ele, Santa Maria tem um convênio com o governo federal para elaboração de um plano municipal de risco.  

Segundo Neves Júnior, o Morro do Cechella é um dos pontos que deve ser alvo deste estudo. No local, um deslizamento de terra matou mãe e filha, em 1º de maio do ano passado. Ele alertou, entretanto, que eliminar completamente os riscos é uma tarefa difícil.

– Precisamos ter o entendimento de que erradicar o risco é uma meta inatingível. Trabalhamos muito na questão de redução de risco. Essa redução passa por monitoramento e vigilância, mas também pela percepção de risco pela própria comunidade, que está nesses locais – afirmou o secretário adjunto.

Por isso, a realocação da população que se encontra em áreas de risco também é uma das metas da prefeitura.

– O plano de contingência tem que ser revisto constantemente, até porque a cidade é viva e vai se moldando dia após dia. Nós teríamos que realocar mil famílias, jogando por baixo, para dizer; “não temos mais famílias em áreas de risco”. Isso depende de uma série de programas habitacionais, que envolvem principalmente o governo federal. Então, são processos que vão acontecendo. Até lá, fazemos o monitoramento e adotamos medidas para reduzir o risco – reforçou Neves Júnior.

A missão de atualizar o Plano Municipal de Redução de Risco, que até então era de 2005/2006, foi dada pela Secretaria Nacional de Periferias (SNP), do Ministério das Cidades, ao grupo de pesquisadores do Laboratório de Geologia Ambiental (Lageolam) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O objetivo é identificar os riscos aos quais os moradores dessas áreas estão expostos – como alagamentos, inundações e deslizamentos – e indicar possíveis soluções que possam ser colocadas em prática pelo poder público para redução dos danos.

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Arthur Camponogara

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